segunda-feira, 14 de maio de 2007

Poluição sonora incomoda moradores

Vida noturna incomoda moradores da Rua João Cândido, a campeã de queixas provocadas pelo barulho

A falha no planejamento urbano da área central de Londrina prejudica o sono dos moradores dessa região, considerada a mais barulhenta da cidade. A poluição sonora vinda dos bares, do som dos carros e da aglomeração de pessoas durante os finais de semana perturba a vizinhança.

Para o universitário Daniel Zimmermann, de 20 anos, residente na rua Professor João Cândido, onde está concentrado o maior número de denúncias segundo o IAP (Instituto Ambiental do Paraná), o problema é o volume do som dos automóveis. “O ruído dos carros que passam com som alto e não é apenas nos finais de semana”, disse ele. O estudante também lembrou das feiras comercias: “eles chegam por volta das 4h para montar as barracas e fazem muito barulho”, reclamou Zimmermann, apesar de dizer que “não tem nada contra” a feira.

Moradora de um prédio próximo à João Cândido que não quis se identificar, citou a “baderna” e os gritos como a principal causa de incômodo. “A poluição sonora para mim é aquela de briga, gritos e a aglomeração de pessoas falando alto nos bares”, criticou.
Limites.

Apesar da resolução do Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente), que estabelece em 70 decibéis o nível do ruído durante o dia e em 60 à noite, os valores normalmente não são respeitados pelos estabelecimentos comerciais. Segundo o técnico do laboratório do IAP, Marcio Vizetti, “as fontes geradoras de poluição sonora estão em desacordo com a lei de crimes ambientais”.

De acordo com os dados do IAP foram registradas 30 denúncias do início do ano até março, sendo 13 em bares. Conforme Vizetti, operações conjuntas entre Ministério Público, Prefeitura e Polícias Militar e Civil são realizadas a cada 45 dias para fiscalizar a área urbana.

A falta de estrutura para fiscalização de órgãos, como o IAP, torna mais difícil à coibição da prática. “Precariamente estamos atendendo aos chamados, mas na medida do possível”, declarou o técnico de laboratório.
Na opinião de Vizetti, o governo deveria contratar mais técnicos para a área de fiscalização. “Há 18 anos contratações não são feitas, tem gente se aposentando e acúmulo de função”, afirmou.
Problema também afeta turismo

A poluição sonora também foi apontada como um grave problema na pesquisa realizada pela Secretaria do Estado do Turismo do Paraná entre os dias 13 e 19 de setembro de 2005. O levantamento contou com mais de 6 mil entrevistas, entre elas com residentes, excursionistas, turistas e passantes.

2 comentários:

Anônimo disse...

nescessito fala com o marcai vizette mas breve possivel..

baldassa disse...

vera baldassa campinas